Na última sexta-feira, 1º de novembro, o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou a portaria que permite que a Neoenergia, distribuidora responsável pelo fornecimento de eletricidade na ilha, invista aproximadamente R$ 300 milhões na instalação de painéis fotovoltaicos e baterias de armazenamento de energia.A medida visa ampliar a oferta de energia limpa e renovável na ilha, ajudando a reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa. A Neoenergia terá um prazo de 30 dias para apresentar um plano detalhado de investimentos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).O projeto autorizado pelo MME é um dos maiores em termos de geração centralizada de energia renovável no Brasil. Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a iniciativa reforça o compromisso com a transição energética em um dos principais patrimônios naturais do país. “Fernando de Noronha será ainda mais verde e hoje estamos dando um passo importante para isso: impulsionando a transição energética neste patrimônio ecológico natural no nosso país. Autorizamos um dos grandes projetos de geração de energia renovável centralizada, visando a descarbonização da ilha e o fortalecimento das fontes renováveis no país”, afirmou o ministro.A proposta é instalar painéis solares acoplados a sistemas de baterias, capazes de fornecer energia de maneira mais constante e eficiente. A expectativa é que o uso desse sistema de energia renovável consiga reduzir as emissões de gases poluentes na ilha em até 85%.O projeto também promete ampliar a segurança energética de Fernando de Noronha. Durante o ano, a ilha é lar para cerca de 140 mil pessoas, entre residentes e turistas, e a demanda por eletricidade pode flutuar intensamente. Com as novas tecnologias, a Neoenergia busca garantir uma oferta mais estável e eficiente para atender essas necessidades, mesmo durante a alta temporada turística.Além de garantir uma maior oferta de energia, a portaria do MME estabelece que esses investimentos não deverão impactar as tarifas cobradas dos consumidores, o que torna o projeto economicamente viável para a população da ilha.