Mercado livre de energia tem se mostrado uma solução eficiente e econômica para muitas empresas, diz especialista

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Vantagens e oportunidades que essa modalidade oferece para consumidores e empresas foi debatida durante o Fórum GD Região Centro- Oeste

A 24ª edição do Fórum Regional de Geração Distribuída trouxe diversos debates importantes sobre o mercado energético no Brasil. Fábio Azevedo, especialista em energia da Merx Energia, foi um dos especialistas que compartilhou sua visão sobre o crescente mercado livre de energia no Brasil, destacando as vantagens e oportunidades que essa modalidade oferece para consumidores e empresas.

Segundo ele, a transição para o mercado livre proporciona significativos ganhos em encargos, incentivos e elimina os horários de ponta. Fábio afirma que “não temos mais horário de ponta, pagando apenas 50% ou 0% da demanda contratada,” tornando essa alternativa extremamente atrativa para consumidores do grupo A.

Transformação e inovação no Setor Energético

O mercado livre de energia tem se mostrado uma solução eficiente e econômica para muitas empresas, como a Fortlev, que está migrando suas matrizes energéticas para a autoprodução. O ticket médio de uma usina residencial varia entre R$ 50.000 e R$ 100.000, segundo o especialista, enquanto na autoprodução, qualquer usina fica em torno de R$ 250.000 a R$ 1 milhão. Fábio ressalta a importância dessa transição, afirmando que ela proporciona uma economia significativa e maior controle sobre os custos energéticos.

A evolução da Geração Distribuída

Desde 2012, com a resolução 482, a compensação de energia tornou-se uma realidade, permitindo que os consumidores cativos injetem energia na rede e a compensem na fatura. Fábio explica a diferença entre geração distribuída e centralizada: “A centralizada concentra um grande volume de geração, enquanto a distribuída é localizada próxima aos centros de consumo.” Essa mudança regulatória foi importante para o crescimento e popularização da geração distribuída no Brasil.

O especialista também trouxe casos de sucesso de empresas que migraram para o mercado livre, como a Indústria Becker. “Eles começaram com uma usina de 200 kW, expandiram para 500 kW e, mais recentemente, para 1,2 MW. O mercado livre ajudou a impulsionar essas economias,” afirma. Outras empresas, como TV Plast e Jacareúna, também fizeram a transição para a autoprodução, beneficiando-se das vantagens econômicas e operacionais oferecidas pelo mercado livre.

O mercado de energia livre está em rápida expansão no Brasil. Atualmente, 40% do consumo de energia do país já está no mercado livre, e a abertura do mercado para consumidores do grupo B e CNPJ aumentará ainda mais as oportunidades. Fábio observa que, “com a abertura do mercado, 110.000 consumidores adicionais poderão migrar, aumentando o mercado em seis vezes seu tamanho atual.”

Por fim, Fábio enfatiza que a venda de energia no mercado livre é uma venda de alto valor e relacionamento. Ele explica que os consumidores do mercado livre são mais experientes e compreendem que o custo pago à distribuidora pode ser usado para investimentos próprios. “É essencial vender o produto correto para o consumidor correto, criando uma relação de confiança e garantindo a satisfação do cliente,” afirma.

A palestra completa do especialista pode ser acessada no canal oficial do Grupo FRG Mídias & Eventos, no YouTube, pelo link:https://www.youtube.com/watch?v=38am4j-hIhk.

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